sábado, 20 de novembro de 2010

Harry Potter pt. 1



Quando eu tinha 9 anos de idade era o exemplo perfeito de garoto deslocado e desajustado. Eu não sei no que vocês acreditam, mas eu acho que nasci homossexual. Desde a minha primeira lembrança eu sei que já senti alguma coisa por garotos. Desde muito pequeno embora isso pareça estranho.

Então eu não tinha muitos amigos. Não gostava de brincar com garotos porque eles eram muito idiotas (e até hoje eu acho). E as garotas não queriam brincar comigo porque as mães não deixavam-nas brincar com meninos. Até que um dia, ele veio parar na minha vida e eu entrei num mundo onde tudo era possível. Onde havia amizade verdadeira. Onde os problemas reais eram esquecidos.

Quando eu comecei a ler Harry Potter, o primeiro filme ainda não tinha lançado. Eu sabia muito pouco sobre a série, mas eu me lembro de nunca ter demonstrado um interesse tão grande por qualquer outro livro em toda minha vida. Harry Potter foi meu refúgio e amigo durante anos e com o passar dos anos, consegui muitos amigos graças a essa fantástica história a qual os filmes não fazem jus.

Aos 11 anos já haviam lançado dois filmes e eu estava em puro êxtase (e decepcionado por não ter recebido minha carta de Hogwarts). Uma das amizades mais queridas e mais fortes que eu tenho se deu por causa de Harry Potter. Eu era tão viciado (ainda sou) que alugava a Pedra Filosofal todo fim de semana, porque eu gamei nesse filme. Na verdade, nunca havia lido esse livro completamente até o ano passado, quando consegui realmente adquiri-lo.

Harry Potter e o Cálice de Fogo foi o primeiro livro que eu comprei e li completamente. Até hoje considero o melhor livro. Ainda havia inocência na história, embora o mal já começasse a operar por baixo dos panos. Mas foi um dos filmes mais decepcionantes, por ter sido tão pouco fiel ao livro. Esse lance de troca de diretores fez com que cada filme tivesse uma estética e uma narração diferente, de forma que apenas a Câmara Secreta e a Pedra Filosofal fossem os únicos filmes de Harry Potter, realmente.

Em 2007 eu comprei Deathly Hallows! Sim, em inglês mesmo! Eu tinha apenas 15 anos, mas estava crescendo com Harry Potter, eu tinha que saber o que aconteceria com o garoto e não consegui esperar a tradução do livro sair. Eu li aquele livro enorme, em inglês e em apenas dois dias (é claro que com o auxílio de um dicionário). E foi aí que tudo acabou. Me sentia vazio. Deprimido.

Eu fiquei bem triste umas duas semanas. Não queria fazer nada. Eu só pensava no quanto aquilo estava me afetando. A notícia de que ainda faltariam 3 filmes para acabar (Ordem da Fênix, Enigma do Príncipe e Relíquias da Morte) não conseguia me consolar, porque eu sempre achei os livros totalmente diferente dos filmes. Eu sempre gostei mais de lê-los. Mas depois de um tempo eu consegui superar.

E eu lembro o quanto fiquei feliz quando soube que Relíquias da Morte seria dividido em duas partes. Seria, de longe o filme mais fiel de todos e eu comprovei isso às 22hrs de ontem (19/11/2010). Assisti à estréia como fiz com todos os anteriores desde o Cálice de Fogo (quando tive idade pra começar a ir ao cinema sozinho rsrsrs).

Foi o melhor filme de Harry Potter que já fizeram e sem dúvida o mais fiel. Eu pretendo vê-lo de novo na segunda feira. Assim como o filme foi dividido em duas partes, esse post também será dividido. Tudo tem que acabar ao devido tempo e no próximo, tentarei fazer com que vocês entendam porquê eu amo tanto essa saga.

... Continua ...

Um comentário:

FOXX disse...

ai depois vc leu crepusculo...
ô decadência...