segunda-feira, 2 de julho de 2012

Será que há algo novo?

Eu acordo todos os dias com a sensação de que apenas pisquei meus olhos. Meu corpo parece nunca descansar o suficiente. Minha mente parece exausta porque penso até enquanto durmo. Não serei bobo ao ponto de dizer que minhas preocupações são muito grandes, mas também não posso ignorá-las.

Eu queria poder descansar um pouco. Tirar umas férias de mim, se fosse possível. Esquecer minha vida e meus problemas, mesmo que sejam poucos e não tão sérios. Queria desviver essa mesmice e conhecer pessoas novas. Não que as velhas sejam chatas e eu já esteja enjoado delas. Só para ter um pouco daquela sensação de novidade que contagia e te motiva.

Queria novos desafios para superar. Coisas novas para aprender. Lugares novos para conhecer. Queria, acima de tudo, ter dinheiro para fazer isso tudo. =/

Ai que tédio!! 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Ѽ Should I Give Up?

Eu queria saber qual é o momento certo de deixar algo partir. Qual deve ser o momento certo para deixar de lutar por algo que não tem mais esperança? Por que, como sempre, eu fico preso às raízes da minha infância e muitas vezes dou valor à coisas ou pessoas que não se importam mais comigo da mesma forma que se importavam ou da mesma forma que eu ainda me importo?

Queria aprender a desistir de algumas pessoas, atitudes ou quaisquer outros tipos de coisas. Vou estabelecer o desapego como uma meta para tentar cumprir nos próximos meses e vou viver uma espécie de luto. Alguns sentimentos têm que morrer para que outros possam nascer. Então devo parar de tentar lutar contra a morte e seguir em frente...

Aqui digo adeus a tudo que foi bom na minha infância e que hoje já não me alegra mais. Digo adeus a bons amigos que ficaram comigo nos momentos que mais precisei e hoje já não se importam mais. Amigos com os quais dividi os melhores e os piores momentos de meu passado e soube que foi recíproco. Digo adeus a sonhos perdidos que jamais se realizariam por não serem viáveis. Digo adeus à minha inocência há muito perdida entre promessas e atitudes. Digo adeus aos meus amores de duas décadas. Digo adeus à dependência. Digo adeus a todas as coisas ruins que me fizeram sofrer por muito tempo.

Agora podemos recomeçar... seguir em frente, como se deve. Não lamentar nunca mais pelo que passou. Fazer os dias valerem a pena. Poderei aprender a caminhar sozinho, coisa que já deveria ter aprendido há muito tempo. Sabendo sempre ser humilde e pedir ajuda quando necessário. É tempo de se renovar. Se reinventar... Aprender a ser uma pessoa melhor. Não só para os outros... Mas, principalmente, para eu mesmo!

(Esse post foi inspirado pela música Chasing Pavements da Adele e por algumas situações pelas quais tenho passado nos últimos meses.)

terça-feira, 5 de junho de 2012

Novo de novo

Mais um 12 de junho se aproximando. Eu não vou negar que gostaria de ter alguém com quem comemorar essa data, mas também devo confessar que não sou desses que fica se deprimindo pelos cantos por ser solteiro (já fui). Graças a Deus, no meu caso solteirice é uma opção, não uma condição imposta. Todavia, talvez nem tudo esteja perdido para o dia dos namorados. Estou saindo com um menino pelo qual tenho sentido algo muito bom e que vem crescendo desde que nos conhecemos.

Sim, somos um pouco diferentes em quase tudo e não sei se pode dar certo ou não. E não deveria estar me atendo a coisas sentimentais desse tipo agora e sim ao meu futuro. Faculdade começa em dentro de aproximadamente dois meses e eu deveria estar curtindo tudo ao máximo, uma vez que depois de iniciada eu pretendo dar atenção quase total à minha carreira e aos estudos. Mas acredito que dê pra conciliar namoro, amigos, família, trabalho, estudo e atividades físicas. Só não sei como ainda... rsrsrs...

Agora tenho me ocupado um pouco mais com a produção de mais um show/festa de fim de ano. Esse ano parece que a coisa está mais séria. Todos do meu trabalho querem ir e é claro que esse ano estou cobrando “entradas”. Primeiro porque vamos fazer num salão, temos que comprar bebida e comida e não tenho nenhum capital inicial. Não tenho dinheiro nem pra pagar a fatura do meu cartão de crédito no próximo mês.

Falando nisso, estou prestes a equilibrar minha vida financeira porque no próximo mês acabam todas as minhas contas e vou ficar com meu salário quase todo só para mim... Ou melhor, para pagar minha faculdade né. :)

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Best thing I never had

Todos me avisaram desde o início que não poderia dar certo e eu sempre soube também. Mas eu tinha que me permitir sentir paixão novamente. Por alguém ou por alguma coisa. Saber que ainda era capaz de comportar esse sentimento dentro de mim. E assim foi concebido o desejo. As coisas, como sempre, foram ótimas no início e eu fui me apaixonando cada dia mais. Havias dias que o medo da perda era tão grande que eu até ficava triste.

Nunca foi fácil, eu assumo. Moramos um pouco distantes um do outro. Ele é da marinha, tem um emprego estável e costuma fazer muitas viagens. As quais, no início, eu nem me importava tanto. A saudade sempre alimentou tudo o que sentimos um pelo outro, mas depois de um tempo, não sei exatamente como, eu o comecei a sentir diferente. As viagens se tornavam cada vez mais longas e o contato era cada vez menor. Coisa que no início ele lutava para tentar extinguir.

Uma vez, em uma viagem para Santos, eu senti algo diferente dentro de mim. Senti que as coisas não seriam iguais quando ele voltasse. Senti que as coisas não teriam mais sentido, pois eu já estava cansado de tanto abandono e descaso. E assim foi. Ainda durante a viagem eu entrei no facebook para saber notícias e vi que o status de relacionamento já estava mudado. Não aparecia solteiro e tão pouco namorando, mas ainda assim não estava lá.

Quando ele voltou de viagem, dizia estar doente. Mas não perdeu a noite de farra ao lado dos amigos. O resultado disso foi uma noite de febre forte na qual eu tive que cuidar dele... A primeira coisa que fiz quando o dia amanheceu foi ir à farmácia para comprar remédios, pois estávamos na casa de amigos recém mudados e quase não havia nada lá. Principalmente remédios e itens de primeiros socorros.

Quando voltei da farmácia, ele já se sentia um pouco melhor, então evitei acordá-lo para dar o remédio. Esperaria até que ele acordasse e enquanto isso peguei seu celular para me distrair um pouco. Então foi quando eu errei pelo pecado da curiosidade. Depois de jogar Angry Birds me senti inclinado a ler suas mensagens de texto e assim o fiz. Foi com esse pesar que descobri a traição.

Eu chorei no sofá. Não sabia o que fazer nem tinha noção do que estava sentindo. Meu corpo entorpeceu e no primeiro momento a única reação que tive foi suprimir o que estava acontecendo dentro de mim. Tentei fingir que não havia lido nada e talvez assim pudéssemos continuar juntos. Sou desses que sinto medo da perda. É uma coisa com a qual ainda não aprendi a lidar até hoje.

Naquele dia o tratei como se nada tivesse acontecido. Mas ele sentiu que eu estava diferente e eu também senti que ele estava. Os dias se passaram sem trocarmos notícias e então mais uma viagem surgiu, porém mais curta dessa vez. Enquanto isso questionei aos meus amigos como eles procederiam caso acontecesse alguma coisa desse tipo. Todos os tipos de respostas vieram até mim, mas nenhuma dela, na verdade, se adequou ao que eu pensava e ao que eu sempre julguei certo.

Decidido a por um fim em tudo quando ele voltasse de viagem, comecei a curtir minha vida como solteiro, sem fazer nada do que eu pudesse me arrepender depois. Mas ele não entrou em contato quando voltou. Nem no primeiro dia, nem no segundo... Depois de uma semana recebi uma mensagem dizendo que não sabia o que estava acontecendo com ele e que precisávamos conversar, mas que estava indo viajar e só poderíamos nos falar quando ele voltasse.

Eu sabia o que tinha que fazer, só não sabia como fazê-lo, uma vez que ainda gostava dele. Sabia que meu cérebro pensava de uma forma, mas ele ainda agia contra vontade do meu coração. Como dizer adeus a tantos bons sentimentos. A tantas recordações maravilhosas... Mas foi aí que eu percebi. Tudo foi bom enquanto durou. Enquanto houve sentimento e tudo estava bem. Só porque não durou muito, não significa que não tenha dado certo.

Ele foi meu primeiro em muitas coisas. Ele me deu coisas que nenhum namorado nunca me deu. Proporcionou-me um crescimento maravilhoso em um curto espaço de tempo. Fez com que eu conquistasse até um espaço que eu almejava perante minha família há anos. Não poderia ficar triste quando tivesse que fazê-lo. Deixaria livre com orgulho e com felicidade de saber que o que tivemos foi único, especial e incrível. Havia chegado a hora.

Em um final de semana fui para The Week comemorar o aniversário de um amigo. Sabia que João já havia voltado de viagem e não me procurara novamente. Ignorando esse fato fui curtir minha noite, acompanhado dos meus amigos e livre de culpa. Foi quando o encontrei. Não consegui encará-lo. Não consegui falar... Simplesmente me virei e fui em outra direção deixando-o lá com um de seus amigos.

Toda vez que nos esbarrávamos ele fingia que não me via e isso me consumia por dentro. Por saber que ele realmente não se importava e não tomava uma atitude digna. Foi quando eu pensei: “Realmente acabou. E já que ele não está me vendo aqui então posso fazer o que eu bem entender e curtir minha noite em paz”. Foi quando passou por mim um loirinho maravilhoso me dando mole. E obviamente não pensei duas vezes antes de agarrá-lo e beijá-lo.

Assim terminamos. Não nos falamos muito depois disso. A única vez que nos encontramos, não tocamos no assunto porque ele estava bêbado e eu atrasado para o trabalho. Senti ainda aquela coisa no estômago, mas sei que está morrendo pouco a pouco. Queria que tivéssemos continuado como amigos, como sou do Edward até hoje. Mas nem tudo sai como planejamos... Nem sempre é possível jogar limpo.

Ontem minha uma amiga que não vejo há muito tempo me perguntou se eu tinha novidades e eu respondi que não. Que não havia nada de relevante. E então ela disse que a vida estava tão chata assim que não tinha nenhum bafão para contar? E eu olhei bem pros últimos seis meses e com agrado eu respondi: “Graças a Deus não!” Nunca fiquei tão feliz em perceber que estava tudo em paz comigo. Que não havia problemas, conflitos e quaisquer outras coisas para me perturbar.