Décimo Primeiro dia – 16 de julho de 2009

Queridos leitores. Minha vida estagnou. Simplesmente não pioro e nem melhoro. Acho que acostumei com o estado que estou. Todas as minhas funções motoras já podem ser utilizadas novamente. No entanto percebi que algumas partes minhas partiram e não têm previsão de volta. Eu me atreveria a dizer que morreram. O humor é uma dessas coisas. Logo minha ex-característica mais forte.

O pior não é o momento de choque. É quando você realmente vai se habituando ao que aconteceu. Ou quando o tempo vai passando e você percebe que não significou nada pra outra pessoa. Que ela simplesmente ignora sua presença. Como se o passado nunca tivesse existido. Quem vive de passado é museu e professor de história, eu já sei. Mas e quando o passado não deixa de ser seu presente? O que fazer?

Bom, estar estático é algo bom. Pelo menos eu já sei que atingi o único nível que eu poderia. Sei também que daqui pra frente é só com isso que terei que conviver. Imutável. Irredutível. Incontestável. Será uma mesmice inútil e demorada. O tempo está indo tão de vagar... Nada é bom o suficiente. Nenhum gosto é como antes. Os cheiros... Ahhh os cheiros. Quando seu cérebro só consegue distinguir um único cheiro... Um único sabor. Já não vale mais a pena esperar por algo diferente.

Então, daqui pra frente é assim. Meu presente tem que virar passado. Pelo menos na minha mente. Capítulo novo. Eu sei o que tenho que fazer. Não sei porquê tenho que fazer. Na verdade eu nem gostaria, mas por isso que inventaram a hipocrisia e... Nossa! Eu nunca pensei que gostaria tanto dela em toda minha vida. Ela é útil. O que os olhos não vêem, o coração não sente.

Realmente, ninguém precisa me ver nesse estado. “Eu sou mais do tipo que sofre calada” disse Bella. Sim, eu sou a Bella! Sem Edward. Sem Jacob. Seria interessante que no final dessa história fosse como no livro. Edward voltasse pra mim. Jacob lutasse por mim. Ahhh Jacob... Lembram dele? Felizmente Jacob agora é mais um melhor amigo. Sinto a falta dele. E estamos melhor como amigos. Sem dúvida. Isso se transformou. Mas... Por que com o Edward não consegue ser igual.

Por que eu escolhi passar o resto da vida esperando por alguém que não voltará? Não faz sentido faz? Pra você, obviamente não, mas pra mim faz. “Você não pode amar outra pessoa senão amar a si mesmo!” dizia Nicole Scherzinger.

Já sei como será. E as regras para esse jogo são:
*Não mencionar o nome dele porque as vezes eu consigo fazê-lo sem problemas mas não tenho certeza sobre como reagirei. As vezes dói. As vezes me alegro. Ainda não sei os macetes para isso.
*Não ficar me beijando o tempo todo. Particularmente isso me incomoda. MUITO. Não quero beijos. Não quero abraços. Não quero contatos físicos.
*Não existe esse papo: Quero o antigo Candy de volta. O antigo Candy é o novo Candy. Sou uma pessoa só. Quando dizem que devemos amadurecer, é o que devemos fazer. É o que estou fazendo. Só não pensei que seria tão ruim.
*Parem de me perguntar se estou bem. Se estou melhor. Parem de me perguntar como estou. Parem de me perguntar como eu me sinto. Odeio ter que responder. Porque infelizmente, ultimamente, não consigo mentir. Indiscutível ou não... Para todos os efeitos, por um certo ângulo, talvez físico, eu estou bem.
* As vezes o meu olhar pode ficar vago. Eu posso ainda ter alguma disfunção corporal espontânea, mas me ignorem, é o que eu mais quero.
* Sem convites para Shopping, Festinhas, Passeios, Aniversários... Irei onde eu tiver que ir por consideração, mas não quero saber dessas coisas.
* Sem romances. Palavras derivadas têm me enjoado. Sem me colocar nesses assuntos. Sem querer saber desses assuntos.

Então é isso. Acabou. Aqui no blog, inclusive. Não vou mais perturbar com meus posts sobre esse assunto. Pra todos acabou. Não quero ajuda de ninguém. Só quero paz. Obrigado.

I’m fine.